Olá, meu nome é Letícia Miyamoto, está no ar mais um AmatoCast pelo canal do Instituto Amato e agradeço mais uma vez o carinho da sua audiência e participação aqui conosco para falar sobre tudo o que envolve qualidade de vida. Nos últimos episódios, nós estivemos aqui com o doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular, tivemos um papo inédito sobre lipedema, foi muito interessante, vou deixar o link aqui para quem ainda não acompanhou, para quem ainda não conseguiu assistir, poder acompanhar. E antes também, nós recebemos um convidado especial, um médico-psiquiatra e falamos sobre os mitos e verdades sobre a saúde mental. Hoje, novamente, estamos aqui com um convidado especial, já vou apresentar o currículo do Domingos Laudízio aqui para vocês, mas antes, vocês estão vendo aí no título que o tema de hoje é sobre inteligência artificial, o futuro dessa ferramenta, digamos assim, aqui no Brasil. A gente vai também desvendar alguns mitos e verdades, tenho certeza que vai ser muito interessante. Então, antes de dar as boas-vindas para o nosso convidado, vou apresentá-lo a vocês. O Domingos Laudízio é um profissional com experiência internacional, executivo de topo de multinacionais, diretor sênior de consultoria de gestão internacional e conselheiro de administração de diversas empresas, tem mestrado na Universidade de Stanford e também atua como investidor em startups inovadoras, principalmente de agro. Bem-vindo, Domingos. Obrigado, Letícia. Foi muito legal a gente poder trazê-lo aqui para a gente conversar sobre a inteligência artificial. Antes da gente começar a gravar de fato, a gente já foi adiantando aqui um pouco do assunto. Quero começar, Domingos, sabendo um pouquinho sobre a sua carreira. Como que foi essa proximidade com a inteligência artificial? Que momento que isso surgiu na sua vida? Conta para a gente um pouquinho. Então, vamos falar exatamente do ponto em que surgiu a inteligência artificial. Você citou investidor em startups de tecnologia de agro. E vinham várias startups. Eu faço parte de uma organização, tem todo um processo do que vai ser avaliado. Nem antes de investir, do que vai ser avaliado. Depois de avaliado, o que vai ser investido ou não. E vinham várias proposições de startups que falavam de utilização de inteligência artificial. E eu teria que tomar decisões sobre algo que eu achava que não entendia nada. Até que entendi alguma coisinha, mas muito pouco. Daí eu tomei uma decisão, vou aprender esse negócio. E daí eu falei, vou tirar um tempo, vou me dedicar e vou passar a entender profundamente. Como eu sou originário da Universidade de Stanford, na Califórnia, com a qual eu tenho laços até hoje. Eu vou voltar para minha casa, vamos dizer assim. Na Universidade de Stanford, eles têm um programa chamado Harnessing Artificial Intelligence for Breakthrough Innovation and Strategic Impact. É um programa que tem um pouquinho mais de um mês, do qual tem uma semana que é período mais do que integral. Porque você convive num conjunto habitacional que foi doado pelo fundo, pelo conjunto habitacional. E só os participantes convivem de manhã até a noite, desde a academia antes do café da manhã, até o vinho, depois de tudo, antes de dormir. E você não tem contato nem com sua família. Então você o tempo todo, você está trocando experiências com pessoas do mundo todo. Ali tinha mais ou menos uns 60% norte-americanos e 40% do resto do mundo. Claro que preponderava os orientais. E foi uma experiência espetacular. E não só você tem as discussões, as classes, mas visitantes, novas empresas, etc. E tem tudo um aculturamento ali. Então, a partir desse momento, eu comecei a entender alguma coisa. E aí eu fui me aprofundando, comecei a utilizar, principalmente porque eu tinha as ferramentas. E a rigor, quando você dirige um carro, você não precisa saber como o motor funciona. Então é a mesma coisa a inteligência artificial. Para você utilizar a inteligência artificial, você não precisa saber como a inteligência artificial funciona. Você precisa entender o que ela pode fazer por você. Foi assim que eu, e daí comecei a utilizar, e daí eu comecei a ter uma participação muito mais efetiva nesse processo de seleção de novas ideias, novas startups, coisas inovadoras. Sim, e acaba sendo uma pergunta até meio, não sei se redundante seria a palavra, mas tem muita gente que enxerga a inteligência artificial como algo muito bom, o nosso título é inteligência artificial no futuro do Brasil, como algo muito positivo, mas tem algumas pessoas que ficam com medo, por exemplo, no mercado de trabalho, como que vai ser. Qual é a sua visão sobre isso? Olha, a minha visão é a mesma visão que eu trouxe desde Stanford. A visão é a seguinte, o profissional que não souber utilizar a inteligência artificial, e muito em breve, não vai ser daqui a 10 anos, em menos de 3 a 5 anos, está fora. Está fora mesmo. Está fora por quê? Porque vai ter alguém que sabe utilizar a inteligência artificial e vai se tornar muito mais efetivo. A inteligência artificial é um auxílio para você, é uma ferramenta poderosíssima que você tem para auxiliar no seu trabalho, seja ele qual for, seja em qualquer área, na área da saúde já é e vai ser muito mais aplicado, só para citar uma das áreas, mas em todas as áreas, sem dúvida, serviços financeiros é outra área que vai ser, bareja, etc, etc. Mas principalmente a inteligência artificial não é um substituto do ser humano, é uma ferramenta para tornar o seu trabalho extremamente mais efetivo. Usando só o exemplo de você que é jornalista, Letícia, você pode utilizar a inteligência artificial não para escrever um artigo, mas você pode, a partir de um conjunto de parágrafos ou ideias, você pedir para ela trabalhar e você interagindo com ela, você não vai utilizar olha, faz um negócio baseado nesse monte de parágrafos que eu te passei para você. Não, você vai começar a interagir com a máquina, no sentido de conversar com a máquina, aí você vai pulindo, mas o artigo vai ser seu, não vai ser um artigo da máquina. Como é que a máquina te ajuda? Inteligência artificial nada mais é que você pegar uma quantidade absurdamente elevada de dados, ver como aquilo se interrelaciona com essas tendências, e aí você chega a alguma conclusão. Eu não vou entrar tanto no processo de como isso é feito, eu até falei para você um pouquinho antes, mas as formas como isso se interrelaciona, às vezes se chama de machine learning, existem métodos mais profundos como deep learning, neural networks, etc. De qualquer forma, você não precisa saber como o motor funciona, mas você precisa saber usar, isso é fundamental. E quem não aprender a usar, realmente vai ficar totalmente obsoleto. E claro que o profissional que souber usar bem, vai levar uma vantagem gigantesca, vai ser muito mais efetivo do que aquele que não sabe utilizar adequadamente. E como que é o saber de fato? O senhor deu um exemplo aqui sobre qual é a diferença entre de fato só usar, e qual é a diferença mesmo de saber aplicar na prática. Mas isso vai começar a fazer parte da escola, por exemplo, das crianças, dos adolescentes, porque como eu citei, eu mesma, com todo o conhecimento, já fiz reportagens sobre esse assunto várias vezes, eu não tinha no meu celular, não tinha instalado no meu celular. Quando eu comecei a usar, eu até me surpreendi com a capacidade mesmo de um aplicativo que usa a inteligência artificial. Então, qual que é o caminho para as pessoas? Acho que essa que é a pergunta, Domingos. Qual que é o caminho para as pessoas saberem de fato a melhor forma de usar a inteligência artificial? Eu vou fazer uma afirmação bastante forte em relação, porque eu tive experiência antes e depois. 90, 95% do que é divulgado em termos de cursos, treinamentos, etc. que existe no Brasil, é lixo puro. É enganação para ganhar dinheiro. Mas existe os 5, 10%. Então, essa percepção, essa avaliação e escolher corretamente onde você vai aprender é fundamental, porque senão você vai aprender lixo. E você não precisa aprender num único lugar, você pode ter uma série de coisas em que você vai combinando e você vai criar a sua própria maneira como você vai usar. Os ganhos de produtividade podem atingir 85%. Então, imagine você ser 85% mais produtiva do que alguém que não usa inteligência artificial. É muito, é muito impactante. E trazendo para o mundo das empresas, as empresas que não estiverem habilitadas dentro de um processo, que talvez eu possa até falar um pouco se necessário for, dentro de um processo de utilização de inteligência artificial interno, elas vão desaparecer até 2030. É a palavra essa, vão quebrar e vão desaparecer. Nossa, nesse nível? Nesse nível. Porque a competitividade é brutal a diferença. E isso, os profissionais que acabam ficando preocupados, porque acho que quem tem a empresa tem uma visão que está mais estável ali, é mais difícil de ter essa mudança. Mas os profissionais, claro, que ficam muito... Até da reportagem que a gente usou como exemplo, semana passada eu vi uma tradução que foi usada com inteligência artificial que antes era com o repórter que fazia, na voz do repórter. Então, se a inteligência artificial já está fazendo isso, será que a inteligência artificial não vai fazer a própria reportagem? Ela não vai aparecer ali fazendo esse papel? Então, isso que é difícil, porque às vezes as pessoas têm a visão, ah, vou precisar ser melhor do que a inteligência artificial. Foi até uma fala do doutor Alexandre Amato, que a gente estava conversando sobre isso. É difícil você... É impossível, na verdade, foi o termo que ele usou, você ser melhor que a inteligência artificial. Tem que ser uma forma de te ajudar a alcançar uma escada, digamos assim, Domingos. Olha, eu vou separar um pouquinho assim. O ser humano é quem toma decisões, não é a inteligência artificial quem toma decisões. A inteligência artificial é uma ferramenta que vai te auxiliar, mas auxiliar de uma forma enorme, impressionante, a tomar decisões. Então, usando o seu exemplo como repórter, você falou especificamente da tradução, se eu não me engano. Certamente, eu vou dar exemplos desse tipo, certamente você não vai precisar de tradutores mais, mas a forma como você vai traduzir, você não simplesmente vai pegar aquela tradução pura e simples, a não ser que dependa do uso, mas em casos mais complexos, e tomar como verdade. O tradutor vai estar lá para validar ou não. Agora, imagine ele validar ou não, só ver se tem um ajuste ou outro para ser feito, versus ele ter que fazer. A produtividade desse tradutor aumentou exponencialmente, aumentou 10, 100 vezes. Então, só pegando o seu exemplo do tradutor. Então, em qualquer profissão, vai ter a pessoa que utiliza a inteligência artificial, ela vai ser muito mais eficiente, muito mais eficiente que o ser humano. Agora, o ser humano sempre tomará decisões. Me fizeram uma pergunta. Não, mas a inteligência artificial vai tomar decisões sozinhas. Bom, se multiplicar por 64 vezes, tudo o que foi colocado por inteligência artificial até hoje, 64 vezes, a soma de tudo, vai chegar próximo da inteligência humana. Então, parece que vai ser meio difícil a inteligência artificial tomar decisões. Por quê? Porque ela não é, eu insisto nisso, ela não é um substituto do ser humano, ela é uma ferramenta para tornar o ser humano muito mais efetivo. Sim. E o exemplo que a gente fala bastante aqui no Amatocast sobre saúde, né, Domingos, a gente uma vez até comentou sobre isso. O desafio que vai ser, principalmente, para que os médicos, falando especificamente da área da saúde, mas isso serve para qualquer outra área, né, como que você avalia que, por exemplo, vai ter uma avaliação mesmo sobre como que a pessoa, se ela está realmente aprendendo aquilo ou se é a inteligência artificial que está fazendo o papel? Para ser mais clara na minha pergunta, no meu questionamento, um médico que está em formação hoje, ele consegue utilizar a inteligência artificial para tanta coisa que, às vezes, ele acaba deixando o que antes o médico de antigamente, sem a inteligência artificial, tinha que se esforçar para aprender, para ter aquilo na vida. Então, isso é um desafio? Na sua opinião, é um desafio? Como que as pessoas vão lidar com isso para saber separar o que, de fato, é dar o conhecimento daquela pessoa e o que é a inteligência artificial? Então, eu vou te dar um outro exemplo para contraportar a tua resposta. Esse foi um dos exemplos que eu vi em Stanford, tem, talvez, mais de 50. Existe uma rede de hospitais nos Estados Unidos e se verificava que a principal causa em cirurgia de morte era o pós-cirúrgico, não era a cirurgia. Era muito menor o número de mortes na cirurgia do que no pós-cirúrgico. Por quê? Eles começaram a utilizar, hoje, como se chama reconhecimento facial, é como eles começaram a utilizar a tecnologia de computer vision, que é onde se baseia o reconhecimento facial, começaram a utilizar essa tecnologia nas cirurgias e depois pegar os resultados, estavam lá em uma rede de hospitais, os resultados com os resultados do pós-cirúrgico, aqueles que fossem piores, mais curtos, e daí se chegou à conclusão que determinadas técnicas cirúrgicas utilizadas por determinados médicos resultavam num resultado no pós-cirúrgico muito melhor, o número de mortes praticamente se tornava inexistente no pós-cirúrgico. Então, aquele tipo de técnica que eram utilizadas por determinados médicos era a técnica que deveria ser utilizada. Então, inteligência artificial. Então, o que se fez nos hospitais? Obviamente, retreinou os outros que não tinham as mesmas capacitações, utilizando aquilo que a inteligência artificial faz assim, desculpa a brincadeira. E aqueles, obviamente, aqueles que não conseguiram ser retreinados ou não se adaptaram, tiveram que ser dispensados, isso é natural, e substituídos por outros que pudessem ser feitos. Mas veja o ganho em termos de redução significativa na mortalidade no pós-cirúrgico. Então, o que era importante? Não é que a inteligência artificial, a inteligência artificial identificou quais eram os tipos de médicos e os melhores médicos que levavam aos melhores resultados no pós-cirúrgico. Existem infinitos outros exemplos. Então, agora voltando para o teu caso, tá? Você precisa saber, o médico vai ter que utilizar, novamente, ele vai tomar a decisão. A técnica cirúrgica não foi inventada, no exemplo que eu falei, pela inteligência artificial. Ela foi identificada e detalhada. É bem diferente. Então, ela se tornou extremamente útil na redução do número de mortes. Então, os médicos vão fazer aquilo que é realmente importante. O radiologista, pegando um outro exemplo, não vai ser substituído pela inteligência artificial, mas ele vai ter uma capacidade de emitir laudos infinitamente maiores e laudos muito mais precisos, porque são laudos feitos com visões computacionais de inteligência artificial. Então, ele vai se tornar muito mais produtivo e com melhor qualidade no trabalho. E até antes da gente começar a gravar oficialmente, você deu o exemplo de como que é a melhor forma de fazer a pergunta ali para a inteligência artificial para você poder comparar informações, né? Queria que você aproveitasse e explicasse também como que é a melhor forma de usar. Não sei se esse é o termo que a gente pode colocar aqui, mas como que isso deve ser colocado para que, de fato, tenha a melhor resposta da inteligência artificial. Bom, eu vou separar uma parte da inteligência artificial, que é o que você está mencionando, que são as LLMs, Large Language Models. Explicar rapidinho como funciona a Large Language Models, tá? Faça uma sentença qualquer que você tenha. E usa só uma palavra da sentença. Pergunta que letra vem antes e que letra vem depois. Estatisticamente, a inteligência artificial fala a probabilidade, e aí é vogal, consoante, etc. Depende da língua, tá? Som que se forma, etc. Estatisticamente, ela fala que essa daqui tem 70%, essa daqui tem 30%, e escolhe uma delas. E vai formando até que você tenha uma frase. E essa é a base do Large Language Model. E vai adaptando, ela vai ajustando, daí você tem. Então, essa é uma resposta de uma LLM, que é a inteligência artificial que é utilizada pelo grande público, o chat GPT, da OpenAI, o Cloud AI, da Entropic, o próprio DeepSeek chinês, o Gemini da Google, etc. Então, essa é a forma como eles trabalham. Claro que eles têm uma absorção gigantesca para aprender a fazer isso de dados. Da mesma forma, eles utilizam os dados públicos. Não é nenhuma... Aí não é, né? Porque se fala do uso da privacidade, não é da privacidade, é da propriedade dos dados. Sim, se utiliza dados e que forem inseridos em outros casos. Mas existe aí o limite do que é ético e não é ético. Eu não vou entrar porque é muito complexo isso daí. Mas, de qualquer forma, essa massa gigantesca de dados, ela vai te dar uma resposta. Agora, veja, ela foi alimentada por bases que existem desde dados públicos até dados não públicos. E daí, se você tem uma... A melhor forma de você fazer, eu boto aquela equação que não sei se eu já citei, o Y, que é a resposta da ciência e inteligência artificial, pensando em uma equação matemática, que é a função de X, X são as variáveis, mais um erro. O que ela vai fazer? Ela vai usar essa equação e cada um vai ter uma equação. São parecidas, mas são diferentes. Então, o que você faz? Você faz uma pergunta qualquer para um, qualquer um desses LLMs. Ele vai te dar uma resposta. Daí, você pega a resposta e inverte a resposta, não coloca como resposta. Coloca como se fosse uma hipótese. Eu acredito que isso pode ser... Mas você está usando aquilo que você acabou de responder. E joga na outra. E daí ele pode falar sim, porém, ou sim, ou não. E daí você vai ter uma outra resposta. Daí você pega e joga na outra. E daí você vai circulando até que você... E você pode fazer várias interações. Não precisa fazer uma única rodada entre diferentes modelos de inteligência artificial. Até que, finalmente, você tenha alguma coisa mais consistente, mais coerente. Se você quisesse escrever um artigo sobre algum tipo de pesquisa, utilizando-se da sua profissão. Vamos dizer que você fosse fazer um artigo sobre causas de crimes fortes. Você pegaria uma primeira estatística qualquer e falava... Ou até não pegaria. Qual é a causa? Você pode até ser genérica. Mas assim, opa, aparentemente os crimes fortes são causados... Joga na primeira. Ela vai te arrumar. Pega essa resposta, joga na segunda. Vai trocando até que você vai ter uma resposta que fica consistente entre todos. Então você diminuiu bastante a probabilidade de diferenças entre elas. Estão todos muito mais consistentes. Esse método... Aliás, esse método vem desde os tempos de consultoria. Consultoria nada mais é que você ouve o problema de um cliente e você tem intuitivamente baseado na sua experiência profissional uma resposta. A gente chama isso de hipótese. Mesma coisa. A resposta da inteligência artificial virou hipótese. Daí como é que você testa essa hipótese? Olha, antigamente em consultoria que não tinha inteligência artificial, tinha até alguns recursos de informática. Como é que você fazia? Bom, se você olhava para aquilo e falava assim, para mim verificar se essa hipótese é verdadeira ou não, eu preciso fazer essas análises. Ah, para fazer as análises eu preciso desses dados. Tudo isso a inteligência artificial faz direto hoje. Daí o que você faz? Põe os dados nos análises e daí vem o famoso... Agora eu sei o que está acontecendo. Então validei ou não a hipótese. Pode ser que você não valide a hipótese. Daí você vai retrabalhando ela. Esse é o método clássico de consultoria. De uma maneira ultra simplificada, é claro. É a mesma coisa que você faz com a inteligência artificial. Resposta de uma hipótese para a outra. Só que você não fez a hipótese humana. Você fez a hipótese da máquina. Não sei se foi claro. Sim, para dar um exemplo bem mais claro, você pega a resposta e aí você mesmo afirma o que foi dado naquela última resposta. Isso. Para a inteligência artificial reformular e complementar. Você não permite uma correção. Você não afirma. Aparentemente, parece que... Entendi. E aí vai nessa até o raciocínio estar completo. Exato. Você ter tudo na mão que você precisa no objetivo. Eu até vou testar fazer isso aí, que eu achei legal. Vou fazer, vou testar aqui depois que a gente acabar. Faz aqui no laptop que vai ser melhor. É, então, porque eu baixei e estou... Realmente tem um que eu coloquei aqui que chega a ser assustador. E eu vi uma reportagem também, quero citar aqui para você. No último final de semana, foi de um outro jornal, mas falando que, por exemplo, a inteligência artificial na parte mental, psicológica das pessoas, que tem gente que acabou substituindo a terapia, o psicólogo, pela inteligência artificial. E eu vi isso. E aí fala, a teoria que foi apresentada ali, acho que era um médico falando, não prestei atenção no exato qual era o título da pessoa. Fala que a inteligência artificial, às vezes, muitas, em muitos casos, ela fala o que a pessoa quer ouvir. E não o que, de fato, é uma análise sincera daquilo. Não sei se eu também estou conseguindo explicar bem. Isso acontece? Normalmente, vamos falar, eu já falei do lixo que existe e o 5, 10% que funciona. Se você está utilizando, obviamente, um chat GPT, por exemplo, etc. O que a inteligência artificial vai, baseado naquele série de informações que você, vamos dizer, chamar de paciente. Cuidado que a máquina não vai te perguntar. Não tem lá o psiquiatra nem o psicólogo. É você que falou para a máquina. Eu estou me sentindo deprimido, por exemplo. Pensei aqui, uma palavra. A máquina vai fazer perguntas. Mas por que? Baseado naquela massa gigantesca de informações que ela tem, que ela varreu, provavelmente, volumes e volumes de livros e de artigos, ela vai dar algum tipo de resposta. E conforme, se ele insiste aqui, aí eu volto ao que eu acabei de falar. Se ele insiste no mesmo modelo, tipo chat GPT ou Antropic, qualquer um deles, ele vai caminhar na mesma base de dados e ela vai reforçando. Vai reforçando. Agora, eu não recomendo que as pessoas utilizem inteligência... Até quando me contaram isso, eu fiz um teste. Eu fiz lá, inventei lá que eu estava super deprimido. E fui vendo o que ia acontecendo. Então, é interessante você começar a pensar que ela não substitui o psiquiatra ou o psicanalista. Ela pode complementar o trabalho do psiquiatra e do psicanalista, auxiliando o psiquiatra e o psicanalista a dar orientações. Agora, o risco existe a pessoa se tornar o seu próprio psiquiatra ou psicanalista. Obviamente, ele vai julgar com tendencialismo. Não vai ser um julgamento isento. Ele vai induzir a máquina da resposta porque ele deu aquele dado para a máquina. Então, existe o risco de não utilizar adequadamente a inteligência artificial. É isso que eu ia perguntar, em questão de desafio. Isso ainda, acho que nessa parte principalmente de colocar em risco a saúde mental, talvez das pessoas que estão passando por algum tipo de problema, usam a inteligência artificial e acabam usando como amuleta, mas para o lado ruim. Então, na sua visão, quais são os principais desafios que precisam ser resolvidos ainda para a inteligência artificial ou já está muito bem lapidado isso? Bom, a inteligência artificial já tem muito o que avançar. Só que tem um fator que já foi citado várias vezes, chamado custo. Custo principalmente porque usa muita energia. Isto é para você se melhorar, eu te falei da precisão ou acuracidade. Geralmente esses modelos têm 90% de acuracidade. Para você avançar para 91, 92 é multiplicar por 10, depois para passar para 92 é multiplicar por 100, depois multiplicar por mil, custo anterior. Então, isso explode violentamente. Então, para ela avançar, vai ter que procurar formas de reduzir o custo para se tornar mais precisa. Mas ela já tem uma utilidade excepcional. Ela vai se utilizar. A grande questão é para você dirigir um carro, você não precisa saber como o motor funciona. A grande questão é saber dirigir o carro, não interessa como o motor funciona. As pessoas aprenderiam a dirigir o carro, saber utilizar a inteligência artificial. E para isso, novamente, elas vão ter que ser desde, vamos dizer, crianças no ensino mais elementar e crescendo. Eu até acredito que as crianças vão ter muito mais facilidades do que as gerações. Imagine os octogenários, então, coitado deles, e aí vai melhorando, vai diminuindo. Mas as pessoas vão ter que aprender a usar. E aprender a usar não é chegar e simplesmente começar a usar. Tá? Existem formas, existem cursos, existem empresas sérias que ensinam isso daí, como eu falei que 90%, 95% é lixo e é lixo mesmo, tá? Então, precisa saber selecionar adequadamente em função de reputação, etc. É a mesma coisa que o médico. Você pode pegar um carniceiro e um médico excepcional. No fundo, é exatamente igual. 90%, 95% são carniceiros. Exatamente. Em questão de acesso, Domingos, como é que vai funcionar isso? Porque, sabe que hoje não é todo mundo que tem acesso à tecnologia de fato, né? Na verdade, acabou ficando bem mais do que era antes, mas isso deve ser de uma forma uniforme que deve se propagar? A mesma inteligência artificial, isso vai acabar facilitando até o acesso das pessoas para as tecnologias? Olha, se você olhar vamos voltar para os LLMs. Não é cara uma assinatura nos primeiros níveis LLM. Comparativamente com o que você paga de TV a cabo na sua casa, não é muito diferente, tá? Só que você paga no TV a cabo sem me perguntar. Virou uma coisa básica. Da mesma forma, isso daqui, quando você paga o nível, porque no TV a cabo é a mesma coisa, você paga o nível básico, daí você tem o Netflix, Netflix mais Amazon Prime Video, é a mesma coisa. Você vai pagando níveis cada vez maiores, e mesmo em cada um deles, tem diferentes níveis. Tem aquele Spotify que tem propaganda, Spotify sem propaganda, etc. E todos esses aplicativos é exatamente a mesma coisa. Então você vai se incorporar como um gasto, como qualquer outro, como um brinquedo com o TV a cabo, como existe hoje. Então é algo que vai naturalmente fazer parte da lista de coisas. E se você olhar, ninguém nota o custo de assinar um Netflix no nível X. É a mesma coisa, ninguém vai notar o custo de assinar determinadas inteligências artificiais. Aí você pode usar Netflix mais Amazon Prime Video, mais outra, mais outra, mais outra, Disney, etc. Só que você não vai cruzar Netflix com Amazon Prime Video. É a mesma coisa. E o que muda entre as empresas que oferecem inteligência artificial? Eu, por exemplo, conheço a do ChatGPT, que é a Open Online. O que muda de uma pra outra, assim, do serviço que é oferecido mesmo? Eles são parecidos, em determinados momentos, tentam parecer... Isso é uma corrida entre elas. Isso é uma corrida entre elas e tem outras empresas que estão surgindo, entrando em nichos específicos. Pra tratar, vamos dizer, problemas de RH. Só um exemplo bem simples. Muito bem. O que muda é o seguinte, a cada momento elas estão evoluindo. E evoluindo é treinar de forma mais... É aquele saber como o motor funciona. É igual os automóveis antigamente. Daí você tinha Porsche, Ferrari que estavam no topo da lista e eles brigavam entre si em meter um motor melhor, uma carroceria melhor, uma aerodinâmica melhor. É a mesma coisa que está acontecendo hoje. O ChatGPT, Open Online, saiu na frente. O Antropic avançou muito rapidamente. O Dipsy que entrou com uma solução barata. É a mesma coisa. Igualzinho qualquer outra indústria. Então vai haver uma competição crescente. Alguns vão ficar naquele nível topo, primeira linha, outros em níveis menores e cada um vai utilizar o que for necessário, o que for possível. Entendi. E também agora falando um pouco do Brasil, que a gente está falando da competição entre as empresas. Qual que é o nível do Brasil agora comparado no mundo da inteligência artificial? O Brasil já está bastante avançado nisso? Ainda tem muito para evoluir? Qual que é a sua avaliação? Eu vou cortar, não vou falar do Brasil, vou falar em partes do mundo. Sem dúvida hoje, não é nem os Estados Unidos, a Califórnia, mais especificamente o norte da Califórnia, está muito mais avançado do que todo o resto. Até por uma questão cultural, história, etc. Está muito mais. Principalmente o Vale do Ciriz, está muito na frente. Desculpa, até de interromper aí. Avançado no sentido do que a empresa avançou ou no sentido do uso das pessoas mesmo? Até das pessoas, até da pessoa física mesmo. Está muito mais avançado no uso da tecnologia. Agora, o que você vê? Você vê um avanço. A Europa está sofrendo, eu vou até explicar porquê. Está sofrendo muito. A Europa está ficando cada vez mais para trás. E na Europa, se você cortar a Europa do norte e a Europa do sul, do sul está ficando atrás ou atrás? A do norte ainda está mantendo um certo padrão. Quando você passa para a Ásia, principalmente quando você fala de Singapura, Coreia, China, esses três, e Japão um pouquinho atrás, mas entra, esses quatro, eles são o nível que segue, não Estados Unidos, segue a Califórnia, logo debaixo da Califórnia. Estados Unidos estaria talvez nesse nível por aí, olhando o país como um todo. Então, o que acontece? O que acontece é que existe uma série de fatores. Um, educação. Para uma pessoa saber a inteligência artificial, ela tem que ter um nível de educação adequado. Então, a pessoa que teve poucas oportunidades, ou que tem um nível inadequado de educação, vai ter muita dificuldade em utilizar a inteligência artificial. E todos esses países que eu citei, tanto na Ásia, como do lado oeste, ali no norte da Califórnia, ou mesmo na Colômbia Britânica, no Canadá, eles têm uma educação de primeiríssima qualidade. Claro que não são todas as histórias, mas se você pegar o bolo como um todo. E é muito importante a educação básica. Muito importante a educação básica. Eu vou chegar no Brasil exatamente por aí. Segundo, regulação. Tem-se uma discussão gigantesca sobre regulação. E a Europa cometeu o erro de, vamos dizer, um hard regulation, uma regulação dura. A regulação dura impede o desenvolvimento da inteligência artificial. E a não-regulação permite certos abusos. Então, onde é que está a verdade? Então, essa regulação dura que os nossos gênios aqui de Brasília disputam, desculpa, querem tornar mais dura ainda, destrói o desenvolvimento da inteligência artificial. Porque é muito rápido. Não dá tempo de ficar analisando, provando. É igual licença ambiental, que levava um século. Não dá tempo. Simplesmente não dá tempo. Aquilo evolui muito depressa. Não adianta ficar, prova, etc. Não, mas eu só vou pegar camada. Não, não. É muito difícil. Então, esses dois fatores, educação e regulação, vão determinar quem vai ser mais evoluído e quem vai ser menos evoluído em inteligência artificial. Países como Arábia Saudita e, acredite, principalmente Israel, vão se destacar muito. Vão se destacar muito. Israel já utiliza, de uma forma, porque Israel já tem uma história de educação e tem uma história de empreendedorismo. A inteligência artificial está muito ligada ao empreendedorismo. Então, Israel, Arábia Saudita, aquele arco ali do lado leste, vem de Singapura, leste da China, não é a China, leste da China, Coreia e Japão, é onde a coisa vai crescer. O Brasil tem que tomar as decisões corretas. Infelizmente, nós temos um problema educacional seríssimo e uma tendência de uma quase que uma tara em excesso de regulação. Então, eu temo muito pelo futuro do Brasil, exatamente por essas duas questões. E as pessoas acabam, não tem como deixar de lado esse tema, está muito realmente forte na preocupação das pessoas. Isso que eu queria, inclusive, a gente tem um bloco aqui, Domingos, até esqueci de citar pra você antes da gente começar a gravar. Nos minutinhos finais da nossa gravação, a gente pega mitos e verdades sobre o assunto que a gente traz. Então, eu separei aqui o que as pessoas estão pesquisando sobre inteligência artificial e eu vou falar aqui pra você. Mas antes disso, só queria fazer uma última pergunta. Então, qual que é a melhor forma? A gente já falou bastante sobre isso, que as pessoas precisam se preparar, usar da melhor forma, saber usar pra poder estar ali no mercado de trabalho, que acho que acaba sendo a principal preocupação das pessoas, perder o emprego pra inteligência artificial. Qual que é o caminho agora? Então, buscar, de fato, daqueles 95%, buscar os 5%, que de fato, dá uma explicação, uma educação realmente boa sobre como utilizar a inteligência artificial na vida. Qual que é o caminho pra buscar isso? Como saber qual que é o certo, qual que é o errado? Não é tão fácil assim. Obviamente, não vou por uma questão ética, não vou citar os nomes dos lugares bons, porque senão eu estou automaticamente dizendo aqueles que não são bons. Mas, basicamente, são lugares que tem uma certa reputação, tem uma certa história, tem uma certa tradição de seriedade, de ética. E as pessoas têm que ter esse discernimento. Não é o primeiro... Existe o famoso vendedor de sonho e o vendedor de fantasia. Não é o vendedor de sonho e o vendedor de fantasia. A entidade educacional séria, e eu não preciso citar nomes, porque todo mundo conhece, ela continua a ser séria seja em inteligência artificial seja em qualquer outra atividade. Então, vai procurar aquelas entidades educacionais, ou aquelas entidades de treinamento que têm uma tradição, que são sérias, que não estão inventando eu criei a nova roda do mundo eu não descobri coisa nenhuma. Está vendendo, essa palavra. Está querendo arrancar algum dinheiro seu. Vai atrás daquelas que são sérias. Que já são conceituadas. Conceituadas, é isso. A hora que a gente acabar, também, eu vou pedir para você deixar aqui, não sei se tem algum site, alguma rede social que queira deixar, se esse pessoal tiver alguma dúvida, quem sabe consegue encaminhar para você, saber tirar alguma... Pode comentar aqui também nos nossos vídeos. Já vai comentando, porque a gente está sempre de olho para trazer de novo aqui os nossos especialistas. A gente traz de novo domingos para falar especificamente sobre esse tema. Agora, domingos, vou então falar um pouquinho sobre mitos e verdades. São temas que aparecem no Trend Topics, das pessoas que mais perguntaram nas redes sociais sobre assuntos específicos da IA. Alguns a gente já respondeu, então, de repente a gente pula, mas olha, o primeiro que aparece é no Top 1. A inteligência artificial já pensa como um ser humano? Eu já respondi. Ela não pensa e vai levar muito tempo para ela chegar perto de um ser humano. Tudo que foi inteligência artificial até hoje precisa fazer vezes 64, tá? Não é tão fácil pegar vezes 64 do que já foi colocado na inteligência artificial. Então não vai substituir, né? Podem ficar tranquilos. Pelo menos, enquanto nós formos vivos, até as criancinhas de hoje que forem vivas, não vai. Não posso falar daqui a dois mil anos ou daqui a quinhentos anos, não sei, mas... Não tem preocupação. 2. A IA vai substituir todos os empregos? Vai nessa mesma linha, né? O medo das pessoas perderem o... Novamente, não. Acho que eu vou mudar um pouquinho essa pergunta que me veio na cabeça agora. Tem alguma profissão que, na sua opinião, vai de fato ser extinta por conta da inteligência artificial? Não todas, mas algumas. Olha, eu vou te citar uma estatística. Não é brasileira, é estatística americana. Lá atrás, quando começou a Revolução Industrial, no início dos anos 1900, cerca de 35%, 40% da força de trabalho estava na agricultura. Hoje, nos Estados Unidos, 1,5% da força de trabalho está na agricultura. Hoje, nos Estados Unidos, cerca de 20%, 20 e poucos, 25% da força de trabalho está na indústria. Ela vai diminuir para cerca de 1,5%. Porém, serviços. Vai absorver o resto. Então, 1,5 mais 1,5 dá 3. 97% vai ser serviços. E IA, nada mais é do que serviços. Está nesse bolo chamado serviços. No fundo, o IA vai abrir inúmeras, mas inúmeras oportunidades, principalmente para as pessoas mais novas, que têm a oportunidade de começar a se desenvolver. Elas não estão, vamos dizer, tão presas a dogmas, aos paradigmas do passado. Vão ser oportunidades fantásticas de realizar coisas impressionantes. Então, se por um lado, algumas coisas serão extintas, são coisas que não têm valor nenhum mais. Vamos pegar um exemplo bastante simples. Um exemplo que outro dia eu estava discutindo. A indústria de cana de açúcar. Açúcar e álcool. É uma coisa perigosa para a pessoa que trabalha. É sujo para burro. E é monótono para burro. Para que usar um ser humano para fazer isso? Ela pode ser praticamente feita totalmente com robótica mais IA. Mas você ter uma utilização mais efetiva do álcool, do açúcar produzido, ou ter um açúcar que tenha um controle glicêmico melhor, etc. Pode explodir se alavancada por IA. Então é uma substituição. É uma substituição importante. Eu acabei de citar o caso do radiologista. Ele não vai cometer praticamente zero erros. Hoje ele comete erros. É normal para o radiologista cometer erros. E eu vou te citar um exemplo muito forte. Uma das pessoas que foi minha colega nesse programa de Stanford era a presidente da Uemo, que é aquela empresa de carros sem motorista. E nas discussões falou, mas olha, fizeram uma série de críticas ao Uemo, que o carro sem motorista bateu, fez um acidente, etc. É muito simples, ela falou. Pega proporcionalmente quantos dos sem motoristas criaram acidentes dos piores até os mais leves. E pega aqueles com motorista. É muito menor. Não é que dizer que o incidente é zero. Mas a redução de acidentes foi violentíssima. Foi enorme a redução de acidentes. Então, quer dizer, você vai ter uma substituição. E para que um ser humano precisa ficar sentado bancando o motorista? Desculpa, sim que você vai fazer isso para o Robin, vai fazer, mas não com uma necessidade. E daí, quando você chega nisso, você vai traduzindo. Para que você vai precisar de motorista e caminhão? Pode ser substituído? Pode realmente por um caminhão sem motorista. Aliás, já está sendo testado. Ou seja, pode facilitar ainda, né? Pode facilitar. E vai cometer muito. Não vai ficar doente, não vai ficar sem sono e criar um acidente na estrada. Você vai melhorar. Vai diminuir os índices de acidentes de uma forma drástica. E o que vai fazer esse motorista? Vai fazer uma outra atividade qualquer. Pode sentar num painel olhando a frota como ela está se movimentando sem motorista. É uma outra maneira de pensar, né? É uma outra maneira de pensar. Abre a cabeça. Abre a cabeça. Porque ele tem experiência de conhecer as vias, as rotas, etc. Por que ele não pode coordenar um volume gigante de caminhões se movendo? É. É uma outra maneira completamente. E se dá para pensar de todas as profissões, né? Todas as profissões. Até a minha. Agora, aqui a próxima. Só países ricos podem usar IA? Não. Claro que é muito mais fácil você usar IA quando você tem dinheiro. A dúvida nenhuma. Mas você pode usar qualquer coisa. Mas aí é tudo na vida, né? Tudo. Tudo é mais fácil quando você tem dinheiro, não é IA. Agora o outro é. A IA é totalmente imparcial? Sim. A IA é imparcial. A parcialidade que algumas pessoas criticam nos artigos é a parcialidade dos dados. A IA não tem emoção nenhuma. Não tem sentimento nenhum. Ela não sente raiva. Não tem aversão a tendências econômicas ou tendências políticas. E ela não tem nada. A IA pega e vê os dados. Ponto. É. Quanto mais dados, melhor sempre será a IA? Calma. Não necessariamente. Porque essa é uma questão de ciência de dados, hoje é uma área, é uma atividade e hoje, por sinal, muito bem remunerada. Vamos voltar um pouquinho pra trás aí, tá? Quando eu falei lá atrás que IA nada mais é que você pegar uma quantidade gigantesca de dados e derivar um algoritmo que nada mais é que uma equação matemática, tá? Se você, o velho garbage em garbage alto que todo mundo vem falar, continua a valer pra IA. Se você colocar garbage dos teus dados, vai sair garbage na IA, não tem a dúvida nenhuma. Então, a seleção e a validação, seleção, tratamento e validação dos dados, e cuidado, isso é como o motor funciona, não precisa se preocupar, deixou o pessoal especulando, tem que ser muito bem feito. Então, se você, olha aquela história que eu falei do sério e do não sério, tá? Se você pegar alguém sério, vai ter feito um bom trabalho de seleção, de tratamento e de validação dos dados. É, isso é importante. Bom, são vários pontos, né? O futuro da IA está só nos Estados Unidos ou principalmente nos Estados Unidos e na China? Eu vou citar o seguinte, sem dúvida serão os grandes propulsores dos Estados Unidos, cuidado, principalmente no norte da Califórnia, tá? E na China, não é a China, é no nordeste da China, pra ser mais exato, tá? Mas, você vai ter algumas coisas que vão se complementar. Coreia, Japão e Singapura. Eu vou te dar um exemplo muito recente, é em outubro, novembro do ano passado, estive na Coreia. Logo que você passa na imigração, eles fazem um reconhecimento social, você nem sabe o que eles estão fazendo ali. Nossa, que legal. Agora que eu vou te contar essa história, foi por experiência, tá? Daí um dia eu saí de Seul, fui pra Busan, tem um trem bala, igualzinho o trem bala japonês, quando eu estava chegando perto de Busan, eu recebo uma mensagem no meu celular. Sabemos que o senhor tem uma reserva no hotel, assim que o senhor chegar na estação, sobe a escada, vira aqui, sai na saída, tal, tal, tal, tem opção de perguntar, o senhor pega isso, pega aquilo, e assim você chega no hotel. Como é que vocês sabem que eu estou chegando? Que medo, né? Não, reconhecimento facial, me viram na estação, me viram em qual trem eu entrei, a máquina imediatamente me deu as coordenadas de como chegar no hotel. Gente, que coisa surreal. Calma, não contei, agora vem a parte melhor. Depois eles falam assim, quem chega no hotel, você pode ir pelo check-in tradicional, ou você pode fazer um self-check-in, se você não quiser esperar, porque todo mundo é irritante às vezes pegar uma fila pra fazer o check-in. Se você quiser fazer, você vai até na porta tal, entra lá, vai na caixa, me lembro até do número, 4506, digita no seu celular esse código, a caixa vai se abrir, lá estarão suas chaves, daí você usa a chave. É o que eu fiz. Eu subindo e tal, chegando perto do quarto, outra mensagem no celular. Para a sua segurança, antes de você inserir a chave do quarto pra você entrar, digite assim a tal pra que valida que é você mesmo. Entrei no quarto, digitei até aí, entrei no quarto. Eu não sei se a rumadeira lá era ser humano ou máquina, porque eu não fiquei lá pra olhar, mas eu não vi, todo o resto das coisas que eu vi, eu podia continuar a história longamente, porque teve várias outras coisas impressionantes. Vou dar outro exemplo impressionante, esse vale. Eu fui lá, tem um closet, abri o closet, negócio branco, os caras são loucos, uma geladeira dentro do closet. Você pendura nos cabides toda a sua roupa, ela estará lavada e passada naquela máquina, você abre e já está lá penduradinha. Mentira, que lava a roupa dentro do closet? É um armário branco de metal. Meu Deus! Calma, na hora de sair recebi outra mensagem que foi igual da entrada. Se você precisar de ajuda, digite o código de casa, senão você pode fazer o check-out pra tua conta, não fica fila, não fica nada. Vai lá, desce e está a mesma história da entrada. Vai na caixa, digita, pois lá acabou, só tem check-out e está logo. Gente, eu sei, já quase não tenho contato com nenhum ser humano ali. Uma única vez, subi com outro hóspede no elevador. Ah, era um hóspede, se não... Então você vê, só pra te dar um exemplo, o nível que se tem de uso de tecnologia, ali está muita inteligência artificial embarcada, principalmente reconhecimento farcial. O nível que você tem de tecnologia nesses países hoje. Claro que não era tudo assim, tem gente que vai lá na recepção tradicional, eu como sou muito inquieto falei, ah não, tchau. Principalmente na hora de sair, me dá mais nervoso ainda quando eu vejo fila que eu preciso ir embora. É verdade, olha aí, tem tanta coisa boa que vai poder auxiliar, vai poder ajudar. Exatamente, então esses países, Singapura, Coreia e Japão vão se seguir. Israel vai se seguir, junto com a Arábia Saudita. A Europa do Norte, sim, a Europa vai ter que se livrar da praga, da super regulação, porque senão vai impedir o desenvolvimento. Porque vai retardar, não é que as pessoas sejam menos capazes, mas a burocracia estatal para aprovações vai retardar o processo. Isso já vai até na última pergunta que eu separei aqui. A última é justamente sobre isso. A IA vai poder substituir líderes políticos? Essa é a mais difícil de todas. É a mais difícil? Mas líderes políticos poderão se utilizar da IA para fazer um trabalho melhor. Elas não substituirão, mas líderes políticos que souberem se utilizar da IA para fazer um trabalho melhor e mais efetivo, vão ser muito melhores que os outros. E alguns já usam, né? Alguns já usam. Tá respondido. Domingos, muito obrigada pela sua participação. Vou pedir para que você passe as suas redes sociais ou algum site, o que você preferir. Pode falar, sabe, de cabeça ou não. LinkedIn. Tá. Barra. Domingos, no plural, tudo minúsculo. Tudo isso junto. Domingos, Laodice. Tá bom. A gente vai deixar o link aqui também, que aí quem quiser acessar já consegue ver direto. Mais fácil. Que mais que você quer? Principalmente esse. Acho que eu uso muito LinkedIn. Tá bom. Se de repente alguém tiver algo específico para... Mas se quiser escreva direitinho, eu passo para você pelo watch. Por favor. Aí a gente deixa aqui nos comentários, que aí quem quiser falar algo específico sobre esse assunto, já sabe como te encontrar, como te procurar. Muito obrigada, viu? Mais uma vez pela sua participação. Foi um papo muito enriquecedor, não só para quem está acompanhando, mas para a gente também que está aqui fazendo as perguntas. Vou pedir para que as pessoas também deixem os questionamentos, perguntas sobre esse assunto, que pode parecer complexo. A gente sempre acaba entrando em vários detalhes. É um papo que se estende se a gente começar a falar. Então vou deixar o espaço aberto para as dúvidas dos nossos telespectadores, ouvintes. Enfim, como vocês estiverem acompanhando. Obrigada mais uma vez. Até a próxima. Domingos Laudízio conversou aqui com a gente. Para quem chegou até agora, vou também destacar, só para não esquecer, para quem já acompanha, já sabe, mas para quem começou a acompanhar o Amatocast aqui nesse episódio, eu preciso agradecer o patrocínio do nosso Amatocast, do Laboratório Origem, especializado em saúde intestinal, que é onde tudo começa. O foco da origem é qualidade de vida e prevenção. Obrigada a você também, que mais uma vez acompanhou aqui até o fim. Não deixe de curtir, comentar e compartilhar, que é muito importante para que a gente continue trazendo os nossos especialistas em qualidade de vida, em temas relacionados à tecnologia, como foi o caso de hoje. É muito importante para que a gente continue trazendo outros episódios parecidos. Obrigada e até a próxima. Tchau!